13 de março de 2011

Entenda os assassinatos na visão do espiritismo

Assistimos estarrecidos cenas cruéis de assassinatos de crianças e, de acordo com a doutrina espírita, isto é um crime aos olhos de Deus porque aquele que tira a vida de seu semelhante corta uma vida de expiação ou de missão, e aí está o mal. Deus é justo; julga mais a intenção de quem praticou o crime do que propriamente o ato.
No seio de qualquer civilização considerada avançada sempre existirão seres cruéis, exatamente como a árvore carregada de bons frutos dos quais alguns deles não amadureceram. São espíritos de ordem inferior, praticamente animalescos e muito atrasados que podem encarnar em meio a homens avançados na esperança de se tornarem pessoas melhores. Mas, sendo a prova muito pesada, a natureza primitiva poderá dominá-los.
Diante da lei de Deus, qualquer um que mata uma criança é culpado porque todo crime é ofensivo. O sentimento de crueldade está ligado ao instinto de destruição; o que há de pior. Isto é sempre o resultado de uma natureza má que se formou por ter priorizado seus instintos bárbaros e egoístas em sua conservação pessoal. Além do mais, esta pessoa imperfeita está sob o domínio de espíritos igualmente imperfeitos que lhes são simpáticos.
A crueldade vem da ausência do senso moral, ou melhor, o senso moral não está desenvolvido, mas não que esteja ausente, porque ele existe como princípio em todos os seres; é esse senso moral que o faz ser bom. A superexcitação dos instintos materiais sufoca, por assim dizer, o senso moral, que acaba se enfraquecendo pouco a pouco, priorizando suas faculdades puramente selvagens.
A sociedade dos homens de bem estará um dia livre dos malfeitores, pois a humanidade progride; aqueles que são dominados pelo instinto do mal, que se acham deslocados entre as pessoas de bem, desaparecerão pouco a pouco, como o mau grão é separado do bom depois de selecionado. Somente depois de muitas gerações e encarnações que o aperfeiçoamento se tornará completo e viveremos em sociedade mais harmoniosa e pacífica.




Monica Buonfiglio

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