10 de setembro de 2012

O Facebook como espelho


Existe um porre muito antes do álcool. É a bebedeira egoísta e narcisista de ignorar os outros.
Arnaldo Jabor




Apaixonados pela própria imagem como Narciso, usuários confundem seus perfis nas redes sociais com a realidade


Ainda me lembro da época em que o público de um espetáculo musical estava lá para ouvir música, talvez para cantar e dançar, certamente não para fotografar e ser fotografado. Silenciosamente algo mudou. A popularização das câmaras e das redes de compartilhamento parece ter despertado até nos mais tímidos uma compulsão por mostrar tudo o que é vivido, mesmo que seja um acontecimento banal.

"Se não fotografou e não publicou, então não existe." O exibicionismo é expresso em páginas, video-casts, perfis e linhas do tempo que parecem relatórios clínicos de narcisistas compulsivos, em suas várias formas: fotografias com caras e bocas, opiniões rasas a respeito de praticamente tudo, vídeos em que nada de interessante acontece e a triste alegria coletiva com o grotesco e a humilhação.

A exposição é razoavelmente recente. Uma das primeiras autobiografias dedicadas ao registro do cotidiano é "Confissões", de Rousseau. Arrojado e provocador para o século 18, o iluminista francês ficaria chocado com o tamanho da exibição de hoje. Desde os anos 1980, quando yuppies, computadores pessoais e o culto ao corpo abriram canais para a expressão individual, o particular é cada vez mais público e amplificado.

Celulares e redes de compartilhamento transformaram os 15 minutos de fama em uma espécie de "Show de Truman" universal, em que registros banais e confissões diversas tornaram todos um pouco inseguros, verificando a composição de sua figura no espelho do Facebook e corrigindo seu discurso e conduta de acordo com as menções e aprovações recebidas.

Nem o Narciso mitológico seria tão autocentrado. Aquele que morreu afogado ao se apaixonar por sua figura refletida em um espelho d'água poderia argumentar que não sabia que via um reflexo. Como muitos usuários de redes sociais, ele se apaixonou por uma tela e sucumbiu ao confundi-la com a realidade.

Essa confusão entre o real e o fictício publicado é uma das faces mais assustadoras do narcisismo digital. Muitos têm uma visão de realidade tão distorcida pela percepção alheia, tão fragmentada e amplificada pelos perfis e grupos a que pertencem, que geram especulações maiores do que pode supor sua vã fenomenologia.

A vida na vitrine da interface, livre da moderação e da compostura que qualquer grupo social demanda, cria uma gigantesca câmara de eco, em que mensagens são referências de referências de referências, perdendo significado e substância no processo.

O sucesso de uma trilogia pornô, derivada de uma fantasia de fã da série "Crepúsculo", que por sua vez é derivada das clássicas histórias de vampiros, é o exemplo mais recente. Impulsionado pela indicação do amigo do amigo do amigo nas redes sociais, "50 Tons de Cinza" se transformou no maior best-seller do país que um dia foi de Shakespeare e Charles Dickens.

Há uma certa melancolia na situação. Ambientes que permitem tanta exposição e manifestação de identidades múltiplas demandam coerência de pensamento para que seus atores não se tornem reféns das personagens que representam.

Sem contar que todo esse egocentrismo é muito, muito chato.


Autoria: Luli Radfahrer

5 de setembro de 2012

Aprenda a dizer...NÃO!


Saber dizer “não” com elegância é uma arte que pode e deve ser desenvolvida, pois falar “não” através de comportamentos constrangedores qualquer idiota sabe fazer.
Marisa de Abreu -    Psicóloga


Certa ocasião, pediram para Jesus de Nazaré operar um milagre, Ele disse que não o faria. Em outra oportunidade, requereram que ele entrasse em um litígio de partilha de bens de dois herdeiros, Ele declarou que não tinha competência jurídica para isso. Zombaram d'Ele na cruz, provocando-O para que mostrasse sua identidade como Filho do Altíssimo, despregando-se do patíbulo e mostrando seu poder, mas graças a Deus Ele não atendeu isso.
Jesus de Nazaré, o Cristo de Deus, nasceu e viveu entre nós para mostrar-nos como é o caráter do Todo-Poderoso bem como para revelar-nos como o ser humano deve ser. Deste modo, o Salvador ensinou que dizer "sim" para todos não é prova de autoafirmação, de boa educação, de expressão positiva de voluntariedade ou de demonstração de altruísmo. Jesus me ensina dizer "não" a boa parte das demandas a que sou solicitado.

Não saber "dizer não", adoece
Não saber dizer "não" promove má qualidade de vida, perda de tempo, de dinheiro e, consequentemente, estrago na saúde. Se alguns tivessem sabido dizer "não", teríamos menos menores abandonados nas ruas, menos gravidezes indesejadas, menos viciados em drogas lícitas ou ilícitas, menos violência, menos crimes...; a lista seria interminável.
Mesmo desagradando alguém, você pode contribuir com seu próprio bem estar pessoal e até com o proveito do destinatário da negativa. Aprenda a dizer "não", no momento correto e apropriadamente para certas pessoas e para certas situações e sua saúde irá ser preservada ou melhorará.
O primeiro passo para aprender a dizer "não" é identificar o porquê você deseja responder "sim", quando não deveria fazê-lo. Aprenda que normalmente quando atendemos a todos e a tudo é porque estamos sendo vítimas, dentre outras, de uma das fraquezas que exponho adiante.

Falta foco para existência
Dizemos "sins" censuráveis, quando não estamos sabendo definir corretamente as prioridades da vida, neste caso, falta-nos foco para existência. Também a falta de segurança leva-nos à recusa em dizer "não", quando queremos agradar as pessoas porque não sentimos firmeza no que somos ou no que fazemos. Quando isso ocorre, inevitavelmente, nossa relação com Deus, com nossa família e com nossa vida profissional ficarão doentes.
Comodismo

Outra razão para não saber dizer "não" é o comodismo. Às vezes, é mais fácil atender uma pessoa do que confrontá-la com os motivos de nossa negativa. Neste caso, com o passar do tempo, não somente nós ficaremos enfermos, mas aqueles a quem atendemos também adoecerão.

Alienação
Por alienação, muitos dizem "sim" para tudo. Pela falta de conhecimento de causa ou por irresponsabilidade para tomada de decisões, preferem concordar com todos que os confrontam, preferindo a tranquilidade doentia de serem marias-vão-com-as-outras.

"Puxa-saquismo"

Outros dizem "sins" por puxa-saquismo, aquela atitude vil e vergonhosa de querer se dar bem, elogiando, atendendo ou agradando alguém para se tirar algum proveito da "vítima". Neste caso, aparentemente ambos lucram com o bem estar imediatista próprio, mas, na verdade, estão nutrindo vírus e bactérias para graves moléstias futuras.
Portanto, estabeleça com a ajuda de Deus qual a missão da sua vida, assim, você distinguirá o urgente do prioritário e saberá dizer "não". Tenha coragem de ser sincero dizendo "não", quando esta deve ser a resposta correta diante das demandas da vida. Não se trata de ser egoísta ou de ser sempre do contra, trata-se de lutar pela saúde pessoal e de ser um agente promotor da saúde do próximo.

Fonte: Nelson Britto - http://www.institutojetro.com


20 de agosto de 2012

Seja condutor da sua vida...


Só é digno da liberdade, como da vida, aquele que se empenha em conquistá-la.Johann Wolfgang Von Goethe



Como vai? Como será sua semana que está começando?
Bem, então diga-me : Quem é que comanda sua vida? Você ou os eventos externos?
É incrível, como existem algumas pessoas que aguardam a passagem de um ano para outro para fazer uma revisão de sua vida, para tentar modificar algum hábito, tomar resoluções, além, é claro, daqueles desejos e sonhos que são construídos, pedidos e prometidos, no exato instante em que o relógio determina o fim de um ano e o início de outro. 
Será que há algum acontecimento mágico neste instante, capaz de realizar os desejos? 
Existe algo diferente que acontece na passagem de um dia para outro, de uma hora a outra, que propicie essas resoluções? 
Tem algo diferente, que simplesmente instala novos hábitos numa pessoa? Que a permite compreender os processos da vida e em certos casos, faz com que a pessoa encontre outro caminho, se aquele que está seguindo não a leva aos seus objetivos?
Bem, aqui eu gostaria que você fizesse uma pausa para reflexão .
Você fez alguma promessa, algum pedido ou desejo, modificou hábitos, tomou resoluções significativas para sua vida na hora da ultima virada de ano?
Quanto disso já se concretizou de verdade?
Ah, por que eu estou falando de decisões e resoluções de fim de ano, se estamos ainda a alguns meses do próximo fim de ano?
É muito simples . Por que resoluções importantes, não devem ter datas específicas do ano, como natal, ano novo, aniversário, para serem tomadas. 
Como qualquer decisão importante deve ser tomada no momento que se fizer necessário.
Portanto, não deixe mais um ano terminar, um aniversário passar, uma situação X acontecer, para então tomar a resolução que achar que é importante.
Com isso quero chamar sua atenção , para você SER realmente autor da sua vida. 
Para isso acontecer, não dependa do que os outros pensam, digam ou acham sobre o que você vai fazer. Nem do que os outros fazem ou deixam de fazer para você e por você.
Pense, sobre que maneira questões externas interferem em suas expectativas futuras. De que forma o que ocorre ao seu redor provoca você e te faz pensar, agir e a ser da forma como você pensa, age e é.
Lembre-se de um pensamento do filósofo existencialista Francês Jean-Paul Sartre, que diz: 
"O importante não é o que fizeram conosco, mas o que fazemos com o que fizeram de nós".
Acredite que: o que você fizer daqui para frente é, ao mesmo tempo, continuação da sua história e também a possibilidade de uma nova história. 
Por isso, você é quem deveria ser autor da sua vida, transformando as dificuldades em oportunidades.
Então, finalizo minha mensagem com esta última provocação. Se você ainda deixa outros governarem sua vida. Assuma deste momento em diante a autoria e a responsabilidade por tudo que acontecer nela e com ela.
Pense Nisso... 
Sigmar Sabin



22 de maio de 2012

Passe Adiante

A melhor saída é seguir em frente.
Robert Frost


Tenho vários DVDs de shows, e houve uma época em que os assistia atenta ou simplesmente deixava rodando como som ambiente enquanto fazia outras coisas pela casa. Até que os esqueci de vez. Conhecedor do meu acervo, meu irmão outro dia pediu:

— Posso pegar emprestado uns shows aí da tua coleção?

Claro! Ele escolheu quatro e levou com ele. E subitamente me deu uma vontade incontrolável de voltar a assistir aqueles shows. Aqueles quatro, não é estranho?

Logo a vontade passou, mas fiquei com o alerta na cabeça. Me lembrei de uma amiga que uma vez disse que havia comprado um vestido que nunca usara, ele seguia pendurado no guarda-roupa. Um dia ela me mostrou o tal vestido e intimou:

— Pega pra ti, me faz esse favor. Jamais vou usar.

Trouxe-o para casa. Muito tempo depois ela me confidenciou, às gargalhadas, que não havia dormido aquela noite. Passou a ver o vestido com outros olhos. Por que ela não dera uma chance a ele?

Maldita sensação de posse, que faz com que a gente continue apegada ao que deixou de ser relevante. Incluindo relacionamentos.

 Uma outra amiga vivia reclamando do namorado, dizia que eles não tinham mais nada e comum e que ela estava pronta para partir para outra. E por que não partia?

— Porque não quero deixá-lo dando sopa por aí.

Como é que é?

Ela não terminava com o cara porque não queria que ele tivesse outra namorada, dizia que não suportaria. Reconhecia a mesquinhez da sua atitude, mas, depois de tantos anos juntos, ela ainda não se sentia preparada para admitir que ele não seria mais dela.

DVDs, roupas, amores: claro que não é tudo a mesma coisa, mas o apego irracional se parece. É a velha e surrada história de só darmos valor àquilo que perdemos. Será que existe solução para essa neura? Atribuir ao nosso egoísmo latente talvez seja simplista demais, porém, não encontro outra justificativa que explique essa necessidade de “ter” o que já nem levamos mais em consideração.

É preciso abrir espaço. Limpar a papelada das gavetas, doar sapatos e bolsas que estão mofando, passar adiante livros que jamais iremos abrir. É uma forma de perder peso e convidar a tão almejada “vida nova” para assumir o posto que lhe é devido. Fácil? Bref. Um pedaço da nossa história vai embora junto. Somos feitos — também —- de ingressos de shows, recortes de jornal, fotos de formatura, bilhetes de amor.

Sem falar no medo de não reconhecermos a nós mesmos quando o futuro chegar, de não ter lá na frente emoções tão ricas nos aguardando, de a nostalgia vir a ser mais potente do que a tal “vida nova”.

Qual é a garantia? Um ano para geladeiras, três anos para carros 0km, cinco anos para apartamentos. Pra vida, não tem. É se desapegar e ver no que dá, ou ficar velando para sempre os cadáveres das vontades que passaram.

autoria de Martha Medeiros

25 de abril de 2012

Ponto Negro


A vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente.
Soren Kierkergaard






Certo dia, um professor chegou na sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova relâmpago. Todos acertaram suas filas, aguardando assustados o teste que viria.

O professor, foi entregando então a folha da prova com a parte do texto virada para baixo, como era de costume. Depois que todos receberam, pediu que desvirassem a folha… Para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro, no meio da folha. O professor, analisando a expressão de surpresa que todos faziam, disse o seguinte: Agora, você descrever um texto sobre o que estão vendo… Todos os alunos, confusos, começaram, então a difícil e inexplicável tarefa… Terminado o tempo, o mestre recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta. Todas, sem exceção, definiram o ponto negro, tentando dar explicações por sua presença no centro da folha. Terminada a leitura, a sala em silencio, o professor então começou a explicar… Esse teste não será para nota, apenas serve de lição para todos nós… Ninguém na sala falou sobre a folha em branco. Todos centralizaram suas atenções no ponto negro. Assim acontece em nossas vidas… Temos uma folha em branco inteira para observar e aproveitar, mas sempre nos centralizamos nos pontos negros. A vida é um presente de Deus dado a cada um de nós, com extremo carinho e cuidado… Temos motivos para comemorar sempre. A natureza que se renova, os amigos que se fazem presentes, o emprego que nos dá o sustento, os milagres que diariamente presenciamos… No entanto, insistimos em olhar apenas para o ponto negro! O problema de saúde que nos preocupa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil com um familiar, a decepção com um amigo. Os pontos negros são mínimos em comparação com tudo aquilo que temos diariamente, mas são eles que povoam nossa mente… Pense nisso! Tire os olhos dos pontos negros de sua vida. Aproveite cada bênção, cada momento que Deus lhe dá… Jesus diz em Mateus 6:33“buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. E o que é buscar o reino de Deus em primeiro lugar? É procurar,sempre, como ponto de partida, viver em plenitude as graças e bênçãos que Deus nos dá. É deixar a ansiedade e o stress de lado, porque isso é falta de fé. É acreditar que os pontos negros passarão e viver a plenitude do amor de Deus… Lembre-se disso! O ponto negro que há em sua vida é infinitamente menor que as graças e as bênçãos de Deus… Faça a sua parte, deixe a ansiedade de lado, aproveite cada dia que você tem. E Deus vai lhe dar sabedoria e vai abrir as portas necessárias para que os pontos negros de sua vida se acabem… Creia que o choro pode durar até o anoitecer, mas a alegria logo vem no amanhecer… Tenha essa certeza, tranqüilize-se e seja feliz!!!

19 de abril de 2012

Instale o AMOR

Tudo que sabemos sobre o amor é que o amor é tudo que existe.
Emily Dickinson - Poeta americana


Representante de Serviço ao Cliente:
Você conseguiu instalar o AMOR?

Cliente:
Não consegui, eu não sou técnica no assunto, mas acho que posso instalar com
a sua ajuda. O que devo fazer primeiro?

Representante:
O primeiro passo é abrir o seu CORAÇÃO, Você encontrou seu CORAÇÃO?

Cliente:
Sim encontrei, mas há diversos programas funcionando agora. Tem algum
problema em instalar o AMOR enquanto outos programas estão funcionando?

Representante:
Que programas estão funcionando?

Cliente:
Deixe me ver… eu tenho BAIXAESTIMA.EXE, RESSENTIMENTO.COM, ÓDIO.EXE E
RANCOR.EXE funcionando agora.

Representante:
Nenhum problema, o AMOR apagará automaticamente o RANCOR.EXE de seu sistema
operacional atual. Pode ficar em sua memória permanente, mas não vai causar
problemas por muito tempo para outros programas. O AMOR vai rescrever
BAIXAESTIMA.EXE em uma versão melhor, chamada AUTOESTIMA.EXE. Entretanto,
você tem que desligar completamente o ÓDIO.EXE e o RESSENTIMENTO.COM, esses
programas impedem que o AMOR seja instalado corretamente. Você pode
desligá-los?

Cliente:
Eu não sei como desligá-los. Você pode me dizer como?

Representante:
Com prazer! Vá ao Menu e click em PERDÃO.EXE, faça isso quantas vezes forem
necessárias, até o ÓDIO.EXE e o RESSENTIMENTO.COM forem apagados
completamente.

Cliente:
Ok, terminei! O AMOR começou a instalar-se automaticamente, isso é normal?

Representante:
Sim é normal. Você deverá receber uma mensagem dizendo que reinstalará a
vida de seu coração. Você tem essa mensagem?

Cliente:
Sim eu tenho. Está completamente instalado?

Representante:
Sim, mas lembre-se, você só tem o programa de modelo básico. Você precisa
começar a conectar com outros CORAÇÕES a fim de obter melhoramentos.

Cliente:
Meu Deus! Eu já tenho uma mensagem de erro. Que devo fazer?

Representante:
O que diz a mensagem?

Cliente:
Diz: “ERRO 412 – O PROGRAMA NÃO FUNCIONA EM COMPONENTES INTERNOS” – o que
isso significa?

Representante:
Não se preocupe… este é um programa comum. Significa que o programa do AMOR
está ajustado para funcionar em CORAÇÕES externos, mas ainda não está
funcionando em seu CORAÇÃO. É uma daquelas complicadas coisas de
programação, mas em termos não técnicos, significa que você tem que “AMAR”
sua própria máquina antes que possa amar outra.

Cliente:
Então o que devo fazer?

Representante:
Você pode achar o diretório chamado “AUTO-ACEITAÇÃO”?

Cliente:
Sim, encontrei.

Representante:
Excelente! Você está ficando ótima nisso!

Cliente:
Grato.

Representante:
De nada! Faça o seguinte: click nos arquivos BONDADE.DOC, AUTOESTIMA.TXT,
VALORIZE-SE.TXT, PERDÃO.DOC e copie-os para o diretório “MEU CORAÇÃO”. O
sistema irá rescrever todos os arquivos em conflito e começará a consertar a
programação defeituosa. Também você precisa apagar a AUTOCRÍTICA.EXE de
todos os diretórios e depois esvazie a sua lixeira para certificar-se de que
nunca voltem.

Cliente:
Consegui! MEU CORAÇÃO está cheio de arquivos realmente puros! Eu tenho no
meu monitor agora o SORRISO.MPG e está mostrando que PAZ.EXE,
CONTENTAMENTO.COM e BONDADE.COM foram instalados automaticamente no meu
CORAÇÃO.

Representante:
Então terminamos, o AMOR está instalado e funcionando! Ah! Mais uma coisa
antes que eu me vá.

Cliente:
Sim?

Representante:
O AMOR é um programa grátis, faça o possível para distribuir uma cópia de
seus vários modelos a quem você encontrar e dessa forma você receberá de
volta dessas pessoas novos modelos verdadeiramente puros

Livre-se dos Maus Hábitos

As nuvens mudam sempre de posição, mas são sempre nuvens no céu. Assim devemos ser todo dia, mutantes, porém, leais com o que pensamos e sonhamos; lembre-se, tudo se desmancha no ar, menos os pensamentos.
Paulo Baleki


ATITUDES QUE DRENAM ENERGIAS

1. Pensamentos obsessivos - Pensar gasta energia, e todos nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos - mal comum ao homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais negatividade para nossas vidas.

2. Sentimentos tóxicos - Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia, e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima, a alegria e o bom-humor recarregam as energia e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.

3. Maus hábitos, falta de cuidado com o corpo - Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde energética.

4. Fugir do presente - As energias são colocadas onde a atenção é focada. O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: “bons tempos aqueles!”, costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas.

5. Falta de perdão - Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e si mesmo, fica ”energeticamente obeso”, carregando fardos passados.

6. Mentira pessoal - Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço.

7. Viver a vida do outro - Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, é a frustração.

8. Bagunça e projetos inacabados - A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é outro “escape” de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe “diz” inconscientemente: “você não me terminou! Você não me terminou!” Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do auto-conhecimento, da disciplina e da terminação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e energia.

9. Afastamento da natureza - A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais.

(Desconheço o Autor)

15 de abril de 2012

A Maior Dor

"Fomos feitos para a dor. As lágrimas são para o nosso coração o que é a água para os peixes." 
Gustave Flaubert


Qual é a maior dor?

Você já pensou nisso?

Um jovem deixou um bilhete aos familiares, pouco antes de cometer suicídio, e expressou no papel o que estava sentindo.

Disse ele que a maior dor na vida não é morrer, mas ser ignorado.

É perder alguém que nos amava e que deixou de se importar conosco. É ser deixado de lado por quem tanto nos apoiava e constatar que esse é o resultado da nossa negligência.

A maior dor na vida não é morrer, mas ser esquecido. É ficar sem um cumprimento após uma grande conquista.

É não ter um amigo telefonando só para dizer "olá".

É ver a indiferença num rosto quando abrimos nosso coração.

O que muito dói na vida é ver aqueles que foram nossos amigos, sempre muito ocupados quando precisamos de alguém para nos consolar e nos ajudar a reerguer o nosso ânimo.

É quando parece que nas aflições estamos sozinhos com as nossas tristezas.

Muitas dores nos afetam, mas isso pode parecer mais leve quando alguém nos dá atenção.

É bem possível que esse jovem tenha tido seus motivos para escrever o que escreveu.

Todavia, em nenhum momento deve ter pensado naqueles que o rodeavam.

Se pudesse sentir a dor de um coração de mãe dilacerado ante o corpo sem vida do filho amado...

Se pudesse experimentar o sofrimento de um pai que tenta, em vão, saber do filho morto o que o levou a tamanho desatino...

Se sentisse o desespero de um irmão que busca resposta nos lábios imóveis do ser que lhe compartilhou a infância...

Se pudesse suportar, ainda que por instantes, a dor de um amigo sincero a contemplar seus lábios emudecidos no caixão, certamente mudaria seu conceito sobre a maior dor.

Se você pensa que está passando pela maior dor que alguém pode experimentar, considere o seguinte:

Uma mãe que chora sobre o corpo do filho querido que foi alvo das bombas assassinas, em nome das guerras frias e cruéis.

Uma criança debruçada sobre o corpo inerte da mãe atingida por granadas mortíferas.

Um órfão de guerra que é obrigado a empunhar as mesmas armas que aniquilaram seus pais...

Um pai de família que assiste o assassinato dos seus, de mãos amarradas.

Enfim, pense um pouco nessas outras dores...

Pense um pouco nos tantos corações que sofrem dores mais amargas que as suas.

E se ainda assim você estiver certo de que a sua dor é maior, lembre-se daquela mãe que um dia assistiu a crucificação do filho inocente, sem poder fazer nada.

Lembre-se também daquele que suportou a cruz do martírio mas não perdeu a confiança no pai, que tudo sabe.

E se ainda assim você achar que é o maior dos sofredores, considere que talvez o egoísmo esteja prejudicando a sua visão.

Pense nisso!

Descobrir qual é a maior dor, é muito difícil.

Mas a maior decepção é fácil de deduzir.

É a daqueles que se suicidam pensando que extinguirão a vida e com ela todos os problemas.

Esses saem do corpo, mas, indubitavelmente, não saem da vida e, muito menos, acabam com os problemas.

Portando, por mais difícil que esteja a situação, nunca vale a pena buscar essa porta falsa, chamada suicídio.

É importante lembrar sempre:

por mais escura e longa que seja a noite, o sol sempre volta a brilhar.

E por mais que pensemos estar na solidão, temos sempre conosco um amigo fiel e dedicado que jamais nos abandona: o Meigo Rabi da Galiléia.
 


Autoria:
(Redação do momento espírita, baseado em mensagem volante sem menção ao autor.) 

12 de abril de 2012

Há Que Se Ter Um Amante


O amor tem a virtude, não apenas de desnudar dois amantes um em face do outro, mas também cada um deles diante de si próprio.
Cesare Pavese





Muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um. Há também as que não têm, e as que tinham e perderam. Geralmente são essas últimas as que vêm ao meu consultório para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro ou as mais diversas dores.
Elas me contam que suas vidas transcorrem monotonamente e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre. Enfim, são várias as maneiras que elas encontram de dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.
Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme: “Depressão“, além da inevitável receita do anti-depressivo do momento. Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que elas não precisam de nenhum anti-depressivo; digo-lhes que elas precisam de um AMANTE!
É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu veredicto, Há as que pensam: “Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas?!” Há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais.
Àquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas com o meu conselho, eu explico o seguinte: AMANTE é “aquilo que nos apaixona”. É o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir. O nosso AMANTE é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.
Às vezes encontramos o nosso amante em nosso parceiro, outras, em alguém que não é nosso parceiro mas que nos desperta as maiores paixões e sensações indescritíveis.Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho quando é vocacional, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto… Enfim, é “alguém” ou “algo” que nos faz “namorar” a vida e nos afasta do triste destino de “durar”.
E o que é “durar”? Durar é ter medo de viver. É o vigiar a forma como os outros vivem, é o se deixar dominar pela pressão, perambular por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra, é a preocupação com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva.
Durar é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo contentar-se com a incerta e frágil sugestão de que talvez possamos fazer amanhã. Por favor, não se empenhe em “durar”, procure um amante, seja também um amante e um protagonista … da vida. Pense que o trágico não é morrer; afinal a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém.
O trágico é não se animar a viver; enquanto isso, e sem mais delongas, procure um amante… A psicologia, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental: “Para estar satisfeito, ativo e sentir-se feliz, é preciso namorar a vida.

Tradução do texto "HAY QUE TENER UN AMANTE !!" de autoria de Jorge Bucay (psicólogo, psiquiatra e psicoterapeuta argentino)

3 de abril de 2012

As estrelas do Mar

Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudades, mas não estará só.
Amir Klink


Certo dia, um escritor que costumava caminhar pela praia em busca de inspiração observou, ao longe, algo a se movimentar. Continuou andando na direção daquela sombra até aproximar-se o bastante para perceber que se tratava de um homem. Quando chegou mais perto notou que ele juntava as estrelas do mar, que haviam ficado presas na areia quente da praia, e as devolvia ao mar. Só então ele se deu conta de que havia muitas estrelas do mar espalhadas pela praia. Espantado disse ao homem:
- Você não percebe que há muitas estrelas do mar por aí? Seu esforço não vale a pena. Mesmo que você trabalhe vários dias seguidos não conseguiria salvar todas elas. Então, que diferença faz?

O homem, que ainda não havia parado para lhe dar atenção, pegou uma estrela do mar, ergueu-a e, mostrando-a ao escritor disse:

- Para esta eu fiz diferença. E, jogando-a ao mar, continuou sua empreitada.

O escritor observou aquele homem por mais alguns instantes e chegou à conclusão de que havia encontrado, naquele gesto simples e desinteressado de um anônimo, a inspiração que buscava.


Quando nos parecer que um pequeno gesto nobre de nossa parte não faz diferença, lembremo-nos desta singela história. Pensemos que um único sorriso pode fazer muita diferença para alguém que se encontra desalentado. Uma palavra de otimismo fará diferença para quem está desesperado. Um exemplo nobre junto aos filhos, aos familiares, aos amigos, ou àqueles que nos observam de perto, pode fazer muita diferença. A cada instante nós perdemos excelentes oportunidades de ser gentil, de perdoar, de agir com delicadeza, de ser honesto, sincero, de calar uma ofensa. E isso tudo, no cômputo geral, faz grande diferença. Recentemente, lemos a notícia de que é preciso resgatar os valores simples para evitar os males atuais que são a depressão, a ansiedade, o desalento, entre outros. Essa foi a conclusão a que chegaram os psiquiatras que participaram de um Congresso de Psiquiatria Clínica. A tão falada e útil globalização, a grande quantidade de informações que chega a cada instante, a disputa pelo poder, a competição desonesta, faz com que nos esqueçamos de ser gente. Parece mesmo que estamos nos tornando máquinas automatizadas, incapazes de olhar para quem está ao nosso lado, senão como um ferrenho concorrente ou um adversário pertinaz. Se todos nós repensássemos valores e nos lembrássemos de que somos seres criados para viver em sociedade e que, acima de tudo somos Espíritos imortais, filhos do mesmo Pai, talvez sofrêssemos menos. E isso faria diferença.


Quando percebermos alguém preso nas areias quentes da solidão... Quando notarmos alguém se debatendo no mar revolto do sofrimento... Lembremos que todos somos estrelas do Universo, colocadas lado a lado, pelo Criador, para crescermos juntos. E como ensinou o Mestre de Nazaré, não sejamos estrelas apagadas, mas façamos brilhar a nossa luz onde quer que estejamos. Só então perceberemos o quanto isso faz diferença.
 
 

Morangos da vida

Quase sempre a maior ou a menor felicidade depende do grau de decisão de ser feliz.    
Abraham Lincoln


 O autor Roberto Shinyashiki foi bem feliz ao descrever esta história zen em seu livro "O sucesso é ser feliz".

Lembrem-se de comer os morangos hoje!!!

"Um sujeito estava caindo de um barranco e se agarrou às raízes de uma árvore. Em cima do barranco, havia um urso imenso querendo devorá-lo. O urso rosnava, mostrava os dentes, babava de ansiedade pelo prato que tinha à sua frente. Embaixo, prontas para engoli-lo quando caísse,
estavam nada menos do que seis onças absolutamente famintas.

Ele erguia a cabeça, olhava para cima e via o urso rosnando.
Quando o urso dava uma folga, ouvia o urro das onças, próximas do seu pé.
As onças embaixo querendo comê-lo e o urso em cima querendo devorá-lo.
Em determinado momento, ele olhou para o lado esquerdo e viu um morango vermelho, lindo, com escamas douradas refletindo o sol. Num esforço supremo, apoiou o seu corpo, sustentado pela mão direita, e, com a esquerda, pegou o morango.

Quando pôde olhá-lo melhor, ficou inebriado com a sua beleza. Então, levou o morango à boca e se deliciou com o sabor doce e suculento.
Foi um prazer supremo comer aquele morango tão gostoso."

Talvez você pergunte: "Mas, e o urso?"
Dane-se o urso, coma o morango!

"E as onças?"
Azar das onças. Coma o morango!

Relaxe, e viva um dia de cada vez! Coma o morango!

Problemas acontecem na vida de todos nós, até o último suspiro.
Sempre existirão ursos querendo comer nossas cabeças e onças pulando para nos pegar pelos pés. Isso faz parte da vida e é importante que saibamos viver dentro desse cenário. Mas precisamos saber comer os morangos. A vida está acontecendo agora. Nesse exato momento deve haver um morango esperando por você. O melhor momento para ser feliz é agora. O futuro é uma ilusão que sempre será diferente do que imaginamos.

As pessoas visualizam metas e, quando as realizam, descobrem que elas não trouxeram a felicidade.
Elas esquecem que a felicidade é construída todos os dias.

Eu aqui, torço para que você descubra sua maneira de ser feliz!
Espero que coma os morangos agora!!!

26 de março de 2012

Posto, logo existo

Tão preocupadas em existir para os outros, as pessoas estão perdendo um tempo valioso em que poderiam estar vivendo, ou seja, namorando, indo à praia, trabalhando, viajando, lendo, estudando” 



Começam a pipocar alguns debates sobre as consequências de se passar tanto tempo conectado à internet. Já se fala em “saturação social”, inspirado pelo recente depoimento de um jornalista do “The New York Times” que afirmou que sua produtividade no trabalho estava caindo por causa do tempo consumido por Facebook, Twitter e agregados, e que se vê hoje diante da escolha entre cortar seus passeios de bicicleta ou “alguns desses hábitos digitais que estão me comendo vivo”.

Antropofagia virtual. O Brasil, pra variar, está atrasado (aqui, dois terços dos usuários ainda atualizam seus perfis semanalmente), pois no resto do mundo já começa a ser articulado um movimento de desaceleração dessa tara por conexão: hotéis europeus prometem quartos sem wi-fi como garantia de férias tranquilas, empresas americanas desenvolvem programas de softwares que restringem o acesso a web, e na Ásia crescem os centros de recuperação de viciados em internet. Tudo isso por uma simples razão: existir é uma coisa, viver é outra.

Penso, logo existo. Descartes teria que reavaliar esse seu cogito, ergo sum, pois as pessoas trocaram o verbo pensar por postar. Posto, logo existo.

Tão preocupadas em existir para os outros, as pessoas estão perdendo um tempo valioso em que poderiam estar vivendo, ou seja, namorando, indo à praia, trabalhando, viajando, lendo, estudando, cercados não por milhares de seguidores, mas por umas poucas dezenas de amigos. Isso não pode ter se tornado tão obsoleto.

Claro que muitos usam as redes sociais como uma forma de aproximação, de resgate e de compartilhamento — numa boa. Se a pessoa está no controle do seu tempo e não troca o virtual pelo real, está fazendo bom uso da ferramenta. Mas não tem sido a regra. Adolescentes deixam de ir a um parque para ficarem trancafiados em seus quartos, numa solidão disfarçada de socialização. Isso acontece dentro da minha casa também, com minhas filhas, e não adianta me descabelar, elas são frutos da sua época, os amigos se comunicam assim, e nem batendo com um gato morto na cabeça delas para fazê-las entender que a vida está lá fora. Lá fora!! Não me interessa que elas existam pra Tati, pra Rô, pro Cauê. Quero que elas vivam.

O grau de envolvimento delas com a internet ainda é mediano e controlado, mas tem sido agudo entre muitos jovens sem noção, que se deixam fotografar portando armas, fazendo sexo, mostrando o resultado de suas pichações, num exibicionismo triste, pobre, desvirtuado. São garotos e garotas que não se sentem com a existência comprovada, e para isso se valem de bizarrices na esperança de deixarem de ser “ninguém” para se tornarem “alguém”, mesmo que alguém medíocre.

Casos avulsos, extremos, mas estão aí, ao nosso redor. Gente que não percebe a diferença entre existir e viver. Não entendendo que é preferível viver, mesmo que discretamente, do que existir de mentirinha para 17.870 que não estão nem aí. 

Martha Medeiros, Jornal o Globo de 25 de março de 2012.

1 de março de 2012

Você rompe o ciclo de ódio, com Amor e Perdão...


Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única.
Albert Schweitzer


Creio que você há de concordar comigo, que vivemos um tempo extremamente conturbado. Basta ligar num noticiário que somos bombardeados com notícias relacionados a atos, fatos e acontecimentos violentos.

Observando este cenário, no mundo todo, eu me pergunto. Será que não existe alguma maneira de frear isso, mesmo acabar com tantos acontecimentos violentos?

Pois, são acontecimentos que causam indignação, muitas vezes até revolta. Mas por outro lado, eles me remetem novamente à reflexão!

O que esses acontecimentos interferem em nossa vida? O que eles mudam na sociedade em geral?

Esse questionamento que eu lhe faço , é para que você pense um pouco, sobre a responsabilidade destes acontecimentos. 

Como é que eu posso intervir de alguma forma para interromper esses ciclos de ódio?

Por isso, hoje quero conduzir uma reflexão sobre algumas ideias para diminuir a violência, que pode iniciar ao nosso redor. Bem perto de mim ou de você.

Penso que o caminho para isso está na construção de um ambiente harmonioso, com tolerância e perdão.

Veja só como eu imagino que isto seja possível .

Quero exemplificar, ilustrando com uma historinha!

Certa vez um empresário com grande poder de decisão, tomado por um rompante de ódio, gritou com um diretor da sua empresa. 

Este diretor, ao chegar em casa, na ora de almoçar, encontrando uma mesa fartamente posta, ainda remoendo sua magoa como seu chefe, gritou com a sua mulher, acusando-a de gastar demais.

A mulher por consequência gritou com a empregada, que se assustou e ao levar a louça para a pia, tropeçou num cachorrinho e acabou de quebrar alguns pratos.

Por causa disso, ela ficou muito zangada e chutou o cachorrinho por que ele a ter feito tropeçar.

O cachorrinho saiu correndo da casa, furioso e ao chegar na rua, mordeu uma senhora que passava, por ela lhe atrapalhou a saída o portão.

A senhora por causa da mordida do cão, foi levada à farmácia para tomar uma vacina e fazer um curativo no ferimento da mordida deixada pelo cachorrinho.

Por causa da dor da vacina ela gritou e xingou o farmacêutico. Este ao chegar em casa, gritou com sua mãe, por que o jantar não estava do seu agrado.

Mas, a mãe do farmacêutico, uma pessoa de bem com a vida e tolerante, embebida de muito amor e bondade, perdoou o filho, afagou seus cabelos, beijou-lhe e disse:

- Filho, você está cansado, trabalha muito. Prometo que amanhã, farei o seu doce predileto. Agora você precisa dormir. Vou trocar os lençóis da cama, para que fique bem limpinha e cheirosa. Amanhã você se sentirá muito melhor.

Assim retirou-se, deixando o filho sozinho mergulhado em seus pensamentos.

Naquele momento, a atitude da mãe daquele rapaz, rompeu o círculo do ódio. Com Tolerância, Perdão e Amor.

Então lembre-se de uma coisa importante : apenas a Tolerância, o Amor e o Perdão, podem romper um círculo de ódio. 

E você imagina qual a consequência disso? 

Talvez um dia não termos mais necessidades de presídios, tragédias humanas, guerras.

Utopia? Pode até ser... Se continuarmos alimentando o círculo do ódio... As consequências, você já conhece e sabe aonde isso vai levar!

Pense nisso!



Sigmar Sabin

27 de fevereiro de 2012

Vencendo a baixa autoestima

Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota.
Madre Teresa de Calcutá


A baixa autoestima é uma “praga” que assola as pessoas no mundo moderno. E para piorar, estamos vivendo tempos de competição, onde alguns só olham para os seus objetivos e passam por cima de qualquer pessoa e até, dos próprios valores morais para atingi-los.

A baixa autoestima normalmente começa com um fato desagradável, uma resposta negativa, algo que era esperado e não aconteceu. Temos ai então, que a baixa autoestima tem muito a ver com as “expectativas” que nós criamos, os sonhos que desenvolvemos e que na maioria das vezes envolve outras pessoas e que não são nem avisadas que fazem parte do nosso sonho.

Por isso “quebramos a cara”, o que era esperado pela nossa “expectativa” não acontece daquele jeito e começamos a acreditar que algo está errado com a gente.
Bom, para ajudar, acontece um segundo fato negativo quase que na sequência e pronto; começamos a ter aquela impressão de que estamos numa “zica”, numa fase negativa e se vier uma terceira e quarta situação ruim, pronto, já achamos que é “macumba” dos outros…sempre dos outros.

Alias, a baixa autoestima é muito pessoal, mas começa sempre com uma certeza: de que alguém está nos sabotando, ou desejando-nos apenas o mal. Será inveja? Será olho gordo?

Não, é apenas a nossa “energia mental’ que está indo para o ralo.
E junto vai a esperança de dias melhores porque os pensamentos estão naquela faixa que delicadamente chamamos de “inferno astral”, ou seja, a pessoa nesse estado só pensa mer…cadoria…

Mas, como sair dessa zona de guerra mental?
Como levantar a estima e voltar a sorrir?
Primeiro: acabe coma figura da vítima. Nós não somos tão inocentes assim e nem tão culpados. Por isso, nada de julgamentos.
Os erros devem servir como GPS do futuro, ou seja, já sabemos por onde não devemos ir, pois já sabemos o resultado ruim.
Então, já começamos com uma vantagem: já sabemos o que é bom e o que é ruim, o que gostamos e o que não gostamos e assim fica mais fácil sair do atoleiro mental.

Renove os pensamentos.
Cada vez que o pensamento acusador chegar na sua cabeça, mude o disco. Conte carneirinhos, cante a música do Michel Teló (duvido se pensar em outra coisa, essa gruda..ai…ai…se eu te pego..delícia rsss).
Pense em coisas novas e acredite que você pode e merece conquistar o que deseja.

Novo emprego, novo amor, novo salário, novo endereço, novos dentes…
Tudo pode ser renovado quando você deixa de acreditar que não pode e passa a acreditar nas possibilidades que existem em você. A maior “macumba” é a mental, aquela que aprisiona as nossas forças em uma rede de problemas que as vezes só existem no nosso imaginário.

É tempo de renovar tudo, até esse sorriso que eu tenho certeza, pode ficar bem melhor.


13 de fevereiro de 2012

Esperar

Felicidade é ter algo o que fazer, ter algo que amar e algo que esperar... 
Aristotéles


No decorrer do percurso, na caminhada da vida, somos obrigados voluntariamente, ou involuntariamente, a cumprir certas e determinadas acções.
Muitas dessas acções são uma mera imposição de compromissos, dos quais somos os principais protagonistas.
Todos agem e actuam em prol de algo que faz parte, ou irá fazer parte, das suas vidas.
As acções, que praticamos, são seguidas de um momento em que nada nos resta fazer.
Esse momento é, meramente, caracterizado pela espera.
Esperar que os resultados, das nossas correntes acções, se desenvolvam e  tragam o que nós esperavamos ou desejavamos.
Contudo, há certas acções que, cada um de nós, poderia exercer para que os resultados fossem positivos, num modo global.
Em toda a nossa existência, vivemos alguns momentos de espera, os quais não trazem melhorias na qualidade de vida, e por conseguinte, não favorecem a qualidade da saúde do Mundo.
Toda a gente tem os seus momentos de espera.
Todos esperam pelo autocarro; esperam por um táxi; esperam, ansiosamente, sentados nos seus carros, por um sinal luminoso verde, para poderem seguir em frente nos seus caminhos.
Há ainda, pessoas que esperam por um telefonema, por uma carta ou, até mesmo, esperam desesperadamente, pelo fim do mês.
Estas pessoas, têm os seus tais momentos de espera, dos quais são, em grande parte, imposições da vida.
No entanto, há elementos da vida, que poderíamos mudar, em conjunto, se dedicássemos mais tempo aos actos, e menos à espera.
Porquê esperar, que alguém, um dia, acabe com a destruição do Planeta?
Quando podemos, juntos, agir para mininizar essa destruição.
Para assim, um dia mais tarde, tornar essa mesma destruíção extinta, e dar uma longa vida ao nosso Planeta.
Porquê esperar, que as boas acções, para com os outros, sejam praticadas por alguém bondoso?
Quando podemos, ser nós essa pessoa bondosa, e ajudar o próximo e quem necessite, tal como também seremos ajudados, e amparados, quando  precisarmos.
Desta forma, tornaremos o mundo repleto de habitantes de bom coração, e com bem-estar pessoal e social.
Porquê esperar, que os animaizinhos tenham, num futuro, uma existência feliz e descansada?
Quando podemos, juntos e unidos, acabar com as crueldades contra esses seres magnificos, que têm tanto direito de viver, tal como cada um de nós.
Assim, viveríamos em plena harmonia com os animais, e acabaria a extinção de muitas espécies, que sem culpa estão a ser vítimas nas nossas mãos.
Porquê esperar, que, um dia, um inventor qualquer, crie uma máquina que purifique a atmosfera?
Quando podemos, nós mesmos, abdicar, em momentos desnecessários, do carro e passear a pé. Poderíamos largar o vício poluídor do tabaco, que é simplesmente como mini-chaminés a poluir o ar. E, poderíamos minimizar os nossos desperdícios, para acabarmos com as, inúmeras, lixeiras a céu aberto.
Com tudo isto, melhoraríamos a qualidade do ar que respiramos, e diminuiríamos a poluíção da atmosfera.
Porquê esperar, que a violência e as drogas, acabem por obra divina do Espirito Santo?
Quando poderíamos ajudar aqueles que, se deixam levar pelos maus caminhos da vida, como também, poderíamos alertar quem se encontra «às portas» desses mesmos, desencaminhadores, caminhos.
Se assim o fizéssemos, seríamos uma comunidade familiar, onde a confiança entre todos era, pacificamente, algo de união e força.
Viveríamos, sem medos e receios.
Ou seja, instalar-se-ia a Paz e Harmonia, onde o bem-estar se tornaria global pelo Mundo.
Porquê esperar, que as coisas boas se tornem realidade, quando nada fazemos para que elas sejam, na verdade, algo de comum para todos?
Em vez de aguardarmos que, um dia, alguém se lembre de tornar real, o que mais desejamos, em algo visível ou, até mesmo, em algo que possamos sentir, deveríamos ter como hábito comum de vida, as acções que são positivas ao melhoramento da nossa vida, da vida dos outros, e à vida do Mundo.
Para quê esperar, quando podemos deixar essa mesma espera de lado, e «trabalharmos», para que a Felicidade e Paz seja um bem digno, e ao alcance, de todos.
Mas, para isso, não se pode deixar que a «espera», seja um hábito global de mero comodismo.
Há que lutar para que, juntos e unidos, possamos mudar e melhorar o que de mal, e errado, há no Mundo a que todos pertence e, por conseguinte, na vida de todos nós.
Podemos ser pró-activos, ou envelhecer à espera que actuem por nós.
Marta Costa