28 de janeiro de 2012

Curando as Emoções

"A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade. A vida não é de se brincar porque um belo dia se morre." 
Clarice Linspector


São tantas emoções - já dizia o cantor popular.
E experimentamos essas emoções no nosso corpo, não na nossa mente.
A emoção é antes de tudo um estado físico.
Não falamos do medo de ficar com o coração na boca? Ou da alegria de sentir o coração leve?
Existe uma ligação entre o cérebro e o coração. Uma ligação física entre o nosso cérebro emocional chamado de límbico e o nosso coração.

A coisa funciona assim:
Temos um cérebro chamado cognitivo que é: educado, racional, diplomático, controlador e um cérebro límbico: emocional, primitivo, tipo homem das cavernas, que fica ali no fundo em guarda.
Quando ele percebe o perigo ou uma oportunidade excepcional, um inimigo ou uma pessoa atraente, ele aciona o alarme, e em milésimos de segundos ele cancela todas as operações e interrompe todas as atividades do cérebro cognitivo.
E isso continua acontecendo hoje com o homem e a mulher modernos, então nos descobrimos emotivos demais ou completamente irracionais.
Um ataque de ansiedade - o pânico - nasce desse jeito.
As imagens que vemos e os sons que ouvimos são o botão vermelho das nossas emoções.

Cuidado com as imagens que você deixa entrar e com as palavras e sons que penetram em você.
Por isso os mantras são tão importantes para acalmar esse cérebro selvagem.
Por isso contemplar a natureza é tão relaxante.
E não adianta pensar que você pode cultivar o controle de tudo através do cérebro cogniivo, é como jogar lixo embaixo do tapete, uma hora ele acaba aparecendo e aí o caos se instala. Importante é ter inteligência emocional, desenvolvendo a harmonia entre esses cérebros, meditando.

Meditar não é sair desse mundo. É entrar profundamente nele. É estar presente como um sorriso interno. Respirando e conectando com nosso coração no dia-a-dia. Pode ser num supermercado, no carro, no trabalho, com nosso filhos, com nosso amor.

Dizem os budistas que podemos transformar emoções negativas em virtudes. Que a energia da raiva é a mesma do amor, só que num pólo diferente. Que a energia da inveja é a mesma que a da admiração.Que a energia do medo é a mesma que a da coragem. Que a energia da ignorância é a mesma que a da sabedoria. É como uma alquimia, o nosso ouro interior surge quando nos aceitamos sem críticas e confiamos na nossa natureza pura, na nossa luz.

O segredo é aceitar nossa natureza que pode estar encoberta. Mas está lá, sempre esperando por este momento. Quando você olha para dentro e entende que é assim a complexidade da vida. E confia.

Mirna Grzich 

3 comentários:

Maria Lucia disse...

Fantástico o teu texto. Mas, confesso que preciso relê-lo devagar, atentamente, pra apreender cada palavra,e toda a sabedoria que há nele, sem pressa de comentá-lo.

Gostei demais daqui, e vou voltar, porque pressinto que aqui aprenderei muitas coisas! Obrigada!

Abraços fraternos da Maria Lucia

Anônimo disse...

passando aki te afirmo mto bonito e real seu blog adorei esta mensagem e copiei pra meu blos ,aprendi que o que e bom ,e pra seguir ...gosto mto de vc ,respeitosamente bjsss

lfranco disse...

tudo que vc posta é maravilhoso!!!!
beijos LEDA